31.3.16

Leituras do Mês: Março

Março já foi um mês bem melhor que Fevereiro. Foi um mês muito cansativo, é verdade, mas às vezes parece que quanto mais tenho para fazer, melhor me organizo e consigo fazer muito mais coisas.

Este mês consegui ler 6 livros e alguns deles até se tornaram novos favoritos.

  • Comecei o mês com o Magnolia de Kristi Cook, um livro que tinha começado em Fevereiro e que li porque não sabia o que ler e queria um contemporâneo fofo. Às vezes é mesmo melhor seguir o nosso instinto porque adorei este livro! Há já alguns meses que não lia um livro que me divertisse tanto.
  • No mesmo dia em que terminei o primeiro livro do mês, li também a pequena novela The Crown and the Arrow de Renée Ahdieh (ênfase no pequena porque só tem 9 páginas), que conta os momentos antes do primeiro livro na perspectiva do Khalid. Gostei muito e foi bom poder matar as saudades da escrita da autora, mas achei pequena demais. Não acrescenta muito à história mas para quem é fã desta série acho que vai gostar.
  • De seguida, li finalmente um livro que já andava a adiar há algum tempo, quase como à espera do momento em que estivesse pronta para ler um livro da autora. O The Score de Elle Kennedy é o terceiro livro de uma série que eu adoro e mais uma vez a autora conseguiu surpreender-me. Adorei e ficou tão favorito como os outros dois.
  • Este mês li também o The Sea of Tranquility de Katja Millay. Não quero dizer muito sobre ele porque sinto que o mistério em torno da história é o que faz este livro tão especial. Mesmo assim, quero fazer uma opinião a explicar um pouco melhor o porquê de ter gostado tanto deste livro.
  • O My Kind of Crazy de Robin Reul é um livro do NetGalley e fiquei muito feliz quando tive a oportunidade de o ler porque era um dos meus debuts mais esperados deste ano. Uma leitura muito rápida e fofa, que foi exactamente o que eu precisava depois do livro que li antes. Eu não consigo evitar compará-lo um pouco ao Eleanor & Park de Rainbow Rowell (se bem que não esperem um livro tão bem desenvolvido como esse) e acho mesmo que quem gosta desse livro, também pode vir a gostar deste.
  • Por fim, terminei um mês com o último livro da série Starbound, o Their Fractured Light de Amie Kaufman e Meagan Spooner. Apesar de ter sido um livro divertido, não o achei tão bem desenvolvido e estruturado como os anteriores e o casal também não me convenceu. Se tivesse sido um pouco mais pequeno, acho que não se perdia nada.
  1. Magnolia - Kristi Cook (28/02 - 05/03) ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  2. The Crown and the Arrow - Renée Ahdieh (05/03) ☽ ☽ ☽ ☽ 
  3. The Score - Elle Kennedy (05/03 - 10/03) ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  4. The Sea of Tranquility - Katja Millay (13/03 - 19/03) ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  5. My Kind of Crazy - Robin Reul (19/03 - 20/03) ☽ ☽ ☽ ☽
  6. Their Fractured Light - Amie Kaufman & Meagan Spooner (21/03 - 26/03) ☽ ☽ ☽ ☽

27.3.16

Opinião: My Kind of Crazy

Título: My Kind of Crazy
Autor(a): Robin Reul
Editora: Sourcebooks Fire
Formato: E-arc através do NetGalley
Data de publicação: 5 de Abril de 2016

English Review after the jump
Despite the best of intentions, seventeen-year old, wisecracking Hank Kirby can’t quite seem to catch a break. It’s not that he means to screw things up all the time, it just happens. A lot. Case in point: his attempt to ask out the girl he likes literally goes up in flames when he spells “Prom” in sparklers on her lawn…and nearly burns down her house.

As if that wasn’t bad enough, Peyton Breedlove, a brooding loner and budding pyromaniac, witnesses the whole thing. Much to Hank’s dismay, Peyton takes an interest in him—and his “work.” The two are thrust into an unusual friendship, but their boundaries are tested when Hank learns that Peyton is hiding some dark secrets, secrets that may change everything he thought he knew about Peyton.
Esta foi uma leitura muito rápida. Assim que peguei neste livro fiquei logo com vontade de saber mais sobre a personagem principal. O humor da escrita e a voz da personagem principal foram o que me agarram primeiramente ao livro, mas foi a curiosidade sobre a Peyton e a relação entre ela e o Hank que me fizeram devorar este livro.

Este é o típico livro divertido mas que aborda assuntos bastante sérios que nos deixam a sentir tristes pelas personagens.

As personagens fizeram-me um pouco lembrar da Eleanor e do Park, do livro Eleanor & Park de Rainbow Rowell por isso acho que as pessoas que gostaram desse livro também vão apreciar bastante esta história.

Eu divirto-me sempre a ler histórias do ponto de vista de um rapaz que é nerd e meio desajeitado e desta vez não foi excepção. O Hank é uma personagem principal bastante boa e que dá gosto acompanhar. A Peyton é uma rapariga estranha mas à medida que a história avança, também a minha simpatia por ela cresceu.

Porém, uma coisa que me incomodou um pouco neste livro foi o facto de ter achado que o romance avançou um pouco rápido demais. Ao início pensei que fosse porque tinha lido o livro em pouco tempo, mas acho mesmo que a relação entre a Peyton e o Hank se desenvolveu um pouquinho rápido demais do que eu preferia. Mesmo assim, eles fazem um casal super fofo e divertido!

Adorei este debut da autora e vou, de certeza, ler mais coisas dela.

Se procuram um livro contemporâneo rápido e divertido, com personagens bastante diferentes do que aquilo que normalmente encontramos, este é o livro ideal.


19.3.16

Opiniões: Magnolia & The Score

Título: Magnolia
Autor(a): Kristi Cook
Editora: Simon Pulse
In Magnolia Branch, Mississippi, the Cafferty and Marsden families are southern royalty. Neighbors since the Civil War, the families have shared vacations, holidays, backyard barbecues, and the overwhelming desire to unite their two clans by marriage. So when a baby boy and girl were born to the families at the same time, the perfect opportunity seemed to have finally arrived.

Jemma Cafferty and Ryder Marsden have no intention of giving in to their parents’ wishes. They’re only seventeen, for goodness’ sake, not to mention that one little problem: They hate each other! Jemma can’t stand Ryder’s nauseating golden-boy persona, and Ryder would like nothing better than to pretend stubborn Jemma doesn’t exist.

But when a violent storm ravages Magnolia Branch, it unearths Jemma’s and Ryder’s true feelings for each other as the two discover that the line between love and hate may be thin enough to risk crossing over.
O que gostei:
  • Da originalidade da autora em fazer uma história tipo Romeu e Julieta mas conseguir fugir ao cliché uma vez que, neste caso, o Ryder e a Jenna odeiam-se e são as suas famílias que querem que eles fiquem juntos.
  • Da forma como a autora nos apresentou as personagens e as suas vidas, especialmente no caso da Jenna. Senti que fiquei a conhecê-la bem e gostei bastante do facto de ser um contemporâneo que trouxe algo diferente, sem saber explicar muito bem o quê.
  • Adorei a escrita desde o primeiro capítulo. Gostava imenso de ler outras coisas da autora, especialmente outro livro contemporâneo.
  • Adorei tanto do Ryder como da Jenna. São personagens muito bem construídas e fiquei a entender a posição dos dois ao longo da história.
  • Toda a parte da tempestade e da forma como os dois tiveram de lidar com a situação foi sem dúvida a minha parte preferida do livro. Eu adoro histórias de sobrevivência e, apesar de não ter sido bem bem isso, senti aquela emoção de ler um livro e nunca conseguir prever o que vem a seguir.
  • Todo o ambiente do livro é maravilhoso e só fez aumentar o meu amor por esta história.
O que não gostei:
  • Que tivesse acabado tão cedo! Queria ter lido mais sobre a Jenna e o Ryder e saber tudo sobre a vida deles.
Recomendo imenso este livro se vos apetecer um livro contemporâneo que fuja um pouco do cliché. A escrita é óptima e as personagens são espectaculares. Muito bom! Tornou-se um novo favorito.

Título: The Score
Autor(a): Elle Kennedy
Editora: Self published
He knows how to score, on and off the ice

Allie Hayes is in crisis mode. With graduation looming, she still doesn’t have the first clue about what she's going to do after college. To make matters worse, she’s nursing a broken heart thanks to the end of her longtime relationship. Wild rebound sex is definitely not the solution to her problems, but gorgeous hockey star Dean Di-Laurentis is impossible to resist. Just once, though, because even if her future is uncertain, it sure as heck won’t include the king of one-night stands.

It’ll take more than flashy moves to win her over

Dean always gets what he wants. Girls, grades, girls, recognition, girls…he’s a ladies man, all right, and he’s yet to meet a woman who’s immune to his charms. Until Allie. For one night, the feisty blonde rocked his entire world—and now she wants to be friends? Nope. It’s not over until he says it’s over. Dean is in full-on pursuit, but when life-rocking changes strike, he starts to wonder if maybe it’s time to stop focusing on scoring…and shoot for love.
Li finalmente o terceiro livro da série Off Campus de Elle Kennedy, a minha série new adult preferida de sempre.

Foi óptimo poder voltar a ler uma história desta autora. Eu não sei como, mas a Elle Kennedy consegue criar um química enorme entre as personagens que talvez seja das melhores que já li desde sempre. Não falo só neste livro (ela consegue fazê-lo em todos os livros desta série), mas a química neste é qualquer coisa de espectacular.

Adorei a relação do Dean e da Allie, que é a típica amigos coloridos que acabam por se apaixonar. A Elle Kennedy não desiludiu e sinceramente duvido que alguma vez o faça. Adoro a forma como ela escreve os seus protagonistas, especialmente as personagens femininas. Também gostei muito da forma como a autora abordou o slut-shaming e como simplesmente escreve personagens femininas reais.

Nos livros desta autora não há imenso drama e é isso que mais aprecio. São livros divertidos mas que não deixam de ter alguma profundidade, sem cair no típico cliché de new adult em que parece que alguma coisa de terrível tem sempre de acontecer para tornar as personagens mais apelativas.

Outro livro que entrou para os favoritos do ano! Se ainda não começaram a ler esta série e gostam de livros new adult, a sério peguem neste livros e não se vão arrepender.

15.3.16

Resumindo: Fevereiro

Fevereiro passou e foi mais um mês que estou feliz por ver ir embora. Este não tem sido o melhor início de ano de sempre mas acho que Março já vai ser um pouco melhor. Baby steps...

Hoje só vou mesmo falar-vos das séries e dos filmes que vi porque de resto o mês não foi muito produtivo.

O que vi

Filmes
Anastasia: Já andava há algum tempo para rever este filme e aconteceu finalmente este mês. Adorei! Um filme de animação muito querido e bastante diferente. 4.5 luas

Grease Live: Assim que soube que tinham feito uma produção do Grease ao vivo tive de ver. Não que seja grande fã do Grease, mas adoro musicais e basta. Gostei bastante mas achei-o demasiado longo. Mesmo assim, é um filme super divertido. 3.5 luas

S1m0ne: Já sabia da existência deste filme mas nunca soube muito bem sobre o que era. Um dia apanhei-o na televisão e decidi ver. Adorei o conceito mas foi outro filme que achei demasiado longo. O Al Pacino é o protagonista e acho que o filme só vale a pena para ver a performance dele que achei espectacular. 3 luas


The Man from U.N.C.L.E: Filme preferido do mês e um dos preferidos do ano. Adorei, adorei, adorei! Primeiro é um filme super divertido, bem mais do que estava à espera. Segundo, tem a minha trope preferida de todos os tempos, quando os protagonistas têm de fingir que são casados/namorados. Too good *.* 5 luas

Surprised by Love: O último filme que vi este mês foi outro daqueles filmes da Hallmart feitos para a televisão. Claro que não é o melhor filme de sempre, mas deu para rir um bocadinho. 3.5 luas


Séries
ROSWELL: Descobri a minha série preferida de todos os tempos! Nem consigo explicar o meu amor por esta série. Tão boa e tão underrated. Ugh quem me dera que tivesse mais de 3 temporadas. Melhor série de sempre.

The 100: Continuo a acompanhar a terceira temporada e a sério Bellamy?! I'm trying so hard not to hate you. Mas está bastante boa e estou a adorar acompanhar as personagens.

10.3.16

Opinião: The Serpent King

Título: The Serpent King
Autor(a): Jeff Zentner
Editora: Penguin Random House UK Children’s
Formato: E-arc através do NetGalley
Data de publicação: 8 de Março de 2016
English Review after the jump
Dill has had to wrestle with vipers his whole life—at home, as the only son of a Pentecostal minister who urges him to handle poisonous rattlesnakes, and at school, where he faces down bullies who target him for his father’s extreme faith and very public fall from grace.

He and his fellow outcast friends must try to make it through their senior year of high school without letting the small-town culture destroy their creative spirits and sense of self. Graduation will lead to new beginnings for Lydia, whose edgy fashion blog is her ticket out of their rural Tennessee town. And Travis is content where he is thanks to his obsession with an epic book series and the fangirl turning his reality into real-life fantasy.

Their diverging paths could mean the end of their friendship. But not before Dill confronts his dark legacy to attempt to find a way into the light of a future worth living.
Normalmente escrevo sempre a opinião de um livro assim que o termino ou no dia seguinte. Para este livro, tive de pensar bem no que ia dizer porque precisava de organizar bem as ideias. Mesmo assim, não sei se me vou conseguir expressar bem, mas vou tentar ao máximo transmitir a minha opinião da forma mais clara possível.

Eu pedi este livro no NetGalley porque já tinha lido coisas boas noutros blogs e porque muita gente falava deste debut de 2016 (quem usa o NetGalley sabe que às vezes é difícil resistir a livros que já ouvimos falar bem), mesmo sem saber muito sobre a história. . Foi com grande surpresa que soube que tinha sido aceite para o ler e assim que pude peguei logo nele, sem expectativas nenhumas.

Resumindo muito resumindamente, neste livro seguimos um grupo de três amigos: o Dill, a Lydia e o Travis que estão no último ano da escola e encaram aquilo que ninguém gosta, ter de tomar uma decisão sobre o que queremos fazer no futuro. Os três vivem numa cidade pequena no Tennessee e só a Lydia, que tem um blog muito popular, tem sonhos maiores, como ir estudar para Nova Iorque. O Dill e o Travis encararam que a sua vida passa por viver na cidade onde cresceram e seguir o caminhos dos pais. No entanto, acontecem algumas coisas pelo meio que vão mudar a vida destes três amigos e é isso que vamos acompanhando no The Serpent King.

Começando pelas personagens, quem já acompanha as minhas opiniões há algum tempo sabe que para gostar de um livro, as personagens têm de me conquistar. Felizmente, isso aconteceu! Aliás, este é um livro mais focado nas personagens do que na história e os três amigos foram personagens que adorei! Não houve um que não tivesse gostado e todos me tocaram de forma diferente.

Começando pela Lydia, tinha quase a certeza, pela sinopse não ia gostar nada dela. I was so wrong! Acabei por adorar a sua personagem e a forma como não tinha medo de dizer o que pensava. Ela tem um blog de sucesso e tem objectivos bem definidos, ao contrário dos seus amigos. Adorei a relação dela com os pais e, claro, com o Dill e o Travis. Gostei imenso da forma de ser dela e de como a sua personagem evolui imenso ao longo da história. Todas as personagens crescem, mas acho que esse crescimento foi especialmente notório na Lydia, sobretudo a forma como ela vê os amigos e a sua vida numa cidade tão pequena da qual nunca gostou. Uma coisa que adorei e que é mínima é o facto de ela usar óculos e não ser aquela personagem típica que usa óculos que é muito tímida, fugindo um pouco ao estereótipo dos livros YA. Não que eu também não adore ler sobre essas personagens, mas é sempre bom quando encontro uma protagonista que usa óculos e que é simplesmente uma pessoa normal. Eu sei que não tem muito a ver, mas gostei deste pequeno pormenor.

Depois temos o Dill, que eu achei que acabou por ser um pouco o protagonista. Dill vem de uma família com um passado difícil e acaba por sentir que o que aconteceu aos outros homens da sua família vai ser também o que lhe vai acontecer a ele. A história do Dill tem um tom um pouco diferente da do Travis ou da Lydia. O Dill vem de uma família muito religiosa e esse assunto acaba por ser abordado com alguma frequência. Não que seja um livro religioso porque só é mencionado porque o pai do Dill é pastor, mas houve partes em que achei um pouco demais para mim. Não que isso tire alguma coisa à história mas acho que faz sentido dizer-vos o que achei dessa parte porque acaba por marcar a vida do Dill e aquilo que acompanhamos quando seguimos a sua história. Esse assunto à parte, também gostei imenso do Dill. Tal como a Lydia, também o vemos crescer imenso ao longo da história, a sair da sua zona de conforto e a pensar melhor sobre o seu futuro. Adorei ver a forma como ele superou algumas coisas e defendeu aquilo que queria. A sua situação familiar é bastante pesada, mas gostei de ver a sua força para lidar com isso.

Em relação ao Travis, nem sei o que dizer. Acho que ele é a minha personagem preferida dos três. Ele adora livros e é obcecado com uma série de fantasia. Achei-o uma personagem super genuína e acho que é impossível não o adorarmos. Ele é este rapaz enorme, de quem todos têm medo, mas é tão querido. Tal como a Lydia e o Dill, também ele está a tentar descobrir quem é e qual a melhor forma de enfrentar alguns obstáculos. Ele é vitima de violência doméstica, o que infelizmente ainda é uma realidade bem presente hoje em dia, e o autor conseguiu captar aqueles momentos de forma bastante cruel. É daquelas coisas que até se torna difícil de ler porque nos parece real e nós sabemos que o é e não acontece só nos livros, infelizmente.

A amizade entre os três foi muito bem feita. É tudo tão genuíno, desde da forma como falam uns com os outros, como gozam mas se preocupam, como discutem mas sabemos que se o fazem é porque se preocupam mesmo uns com os outros, tudo. Achei que essa parte foi feita de forma brilhante e é por isso que este livro resulta tão bem. O autor conseguiu captar mesmo o laço de amizade que os três partilham. Eu que sou uma pessoa de romance e que só gosta de livros em que exista algum romance com um certo foco, neste ele só aparece lá para o fim e a amizade entre os três amigos é tão boa que nem senti falta disso. Este livro é prova que, se existir uma relação de amizade bem explorada, não é preciso que o livro se foque todo no romance.

Quanto ao romance, e acho que não é spoiler porque acaba por ser um pouco notório pela sinopse que ele vai existir, achei que o Dill e a Lydia fizeram o casal perfeito! Muita coisa acontece antes deles admitirem os seus sentimentos um pelo outro, coisas bem pesadas, e a forma como os dois se aproximaram foi tudo o que podia pedir. Nada pareceu forçado ou só uma estratégia do autor de incluir romance. Nada! Foi algo que o leitor já estava um pouco à espera e aconteceu na altura ideal, na minha opinião. Eu garanto-vos, o tempo que estive à espera para que estes dois se juntassem, valeu a pena. Eles são super queridos e nota-se mesmo que são, acima de tudo, melhores amigos. Eu nem vos consigo dizer quantas cenas deles tenho marcadas mas são muitas, acreditem.

A história acaba por ser um pouco o que já fui explicando ao longo da opinião, aquele período em que acabamos a escola e temos de tomar decisões quanto ao nosso futuro. Claro que acontecem muitas coisas pelo meio, coisas bem cruéis que me partiram o coração, mas é essencialmente uma história sobre o crescimento das personagens e como às vezes é preciso acreditarmos em nós e tomarmos a decisão mais acertada para nós, mesmo que muitas vezes estejamos sozinhos ou as outras pessoas não o percebam. É um livro sobre crescer, sobre decisões, sobre ultrapassar aquilo que a vida nos dá. É um livro sobre a vida e retrata-a de uma forma bem genuína, crua e real.

Acabei por gostar imenso, imenso deste livro e a única coisa que me impediu de dar as 5 luas foi a forma como o livro é narrado e toda a parte da religião. Quanto à primeira, não esperava que o livro fosse na terceira pessoa e acho que teria gostado muito mais se fosse na primeira. Nós acompanhamos a história das personagens e o que elas pensam à mesma, porque os capítulos vão sendo alternados, mas há algo completamente diferente entre ler um livro narrado na primeira pessoa e um na terceira. Isto é um problema pessoal que provavelmente as outras pessoas não vão sentir, mas é o que é. Quanto ao assunto da religião, já o abordei um pouco em cima, mas essencialmente foi porque algumas daquelas coisas me deixavam a revirar um pouco os olhos e a ficar um tanto aborrecida. Não que retire alguma coisa da história, mas não sei, não gostei muito dessa parte. Outra razão foi talvez a altura em que li este livro não tivesse sido a melhor, bem como o tempo que demorei para o terminar. Não sei porque levei tanto tempo, acho que andava bastante cansada e olhar para o iPad não era algo que me apetecesse fazer, mas sei que se tivesse lido este livro em menos tempo, o impacto teria sido maior. Talvez um dia o releia porque acho que este é um desses livros que ganhou esse mérito.


Opinião: In Honor

Título: In Honor
Autor(a): Jessi Kirby
Editora: Simon & Schuster Books for Young Readers
Formato: Ebook
Honor receives her brother’s last letter from Iraq three days after learning that he died, and opens it the day his fellow Marines lay the flag over his casket. Its contents are a complete shock: concert tickets to see Kyra Kelly, her favorite pop star and Finn’s celebrity crush. In his letter, he jokingly charged Honor with the task of telling Kyra Kelly that he was in love with her.

Grief-stricken and determined to grant Finn’s last request, she rushes to leave immediately. But she only gets as far as the driveway before running into Rusty, Finn’s best friend since third grade and his polar opposite. She hasn’t seen him in ages, thanks to a falling out between the two guys, but Rusty is much the same as Honor remembers him: arrogant, stubborn . . . and ruggedly good-looking. Neither one is what the other would ever look for in a road trip partner, but the two of them set off together, on a voyage that makes sense only because it doesn’t. Along the way, they find small and sometimes surprising ways to ease their shared loss and honor Finn--but when shocking truths are revealed at the end of the road, will either of them be able to cope with the consequences?
Este foi um dos primeiros livros que descobri quando me inscrevi no Goodreads. Lembro-me que na altura estava super ansiosa por encontrar mais YAs e lembro-me de ter passado por este livro. Como na altura não me interessou muito, nunca mais me lembrei dele. Volta e meia o Goodreads lá me recomendava este livro mas eu nunca lhe dei muita atenção porque o rating que ele tem no Goodreads não é nada de maravilhoso.

Isto foi assim, até eu ver no blog The Perpetual Page Turner que a Jamie adorava esta autora e, como tenho os gostos muito parecidos com os dela, decidi dar uma vista de olhos e passei por este livro outra vez. Assim que li a sinopse tudo o que me passou na cabeça foi o porquê de eu ter ignorado este livro tantas vezes. Para além de ser um livro de road trip, é uma road trip entre duas pessoas que estão perto de se odiarem. A partir daí fiquei com vontade de ler e assim que me apeteceu ler um livro de road trip foi o primeiro em que peguei.

Neste livro seguimos a história de Honor que perde o irmão, em missão no Iraque, e decidi cumprir o seu último desejo: falar sobre ele à sua cantora preferida. Honor decide então viajar desde a sua cidade à California, onde a cantora vai dar o seu último concerto. No meio disto tudo junta-se Rusty, o melhor amigo do irmão que nunca apoiou a sua ida para o exército.

Assim que a palavra road trip foi mencionada sabia que tinha de ler este livro. Todos os livros de road trip que já li acabam por ser leituras super divertidas e este não foi excepção. Era isso que estava à espera e a autora conseguiu equilibrar o lado divertido da viagem com a emoção necessária para lidar com um tópico como a morte de um familiar e o luto.

Este é um livro bonito. Não consigo explicar de outra forma para além disso. Tanto o ambiente criado, como a escrita e as personagens, que pareceram bastante reais, com vários defeitos mas sempre a tentar lidar com a vida da forma que conseguem.

Quanto à road trip, este foi um dos livros mais divertidos que já li. Apesar deles se odiarem e terem de partilhar um carro numa viagem de dias (adoro!), acontece-lhes de tudo. Digamos que há uma certa parte que envolve tirar a roupa e foi a minha parte preferida do livro (e não, não é nada disso que estão a pensar ). Se não for por mais nada, leiam este livro pela viagem, vale a pena e vão divertir-se muito.

Quanto às personagens, gostei imenso delas! A Honor e o Rusty tem formas diferentes de lidar com a morte do Finn, o irmão da Honor, mas no fundo a dor de perder alguém especial é a mesma. Adorei a interacção entre eles. Este é um YA em que as personagens já estão na faculdade, no caso do Rusty, ou estão a entrar na faculdade, a Honor, e gostei disso. Acho que o facto das personagens serem mais velhas que normalmente são nos YA contemporâneos trouxe algo de diferente, especialmente o Rusty. 

A única coisa que gostava que tivesse existido mais era o romance entre os dois. Por um lado percebo que a autora também não queria passar uma imagem que encontrar o rapaz ideal vai curar as nossas mágoas todas, mas uma parte de mim queria que houvesse mais qualquer coisa nesse aspecto. O romance está lá, mas acaba por ser uma coisa mais subtil do que estava à espera. Mesmo assim, estes dois são a coisa mais querida que li nos últimos tempos.

Gostei bastante da escrita da autora. A Jessi Kirby era uma das 8 autoras que queria ler este ano e ainda bem que o fiz. Estou curiosa para ler outras obras, especialmente o Things We Know By Heart. 

Outra coisa que gostava de falar são os ratings no Goodreads. Há bem pouco tempo ligava imenso no rating de um livro porque se muitas pessoas não gostaram, a probabilidade de não vir a gostar é maior. Mas aprendi que se um livro me soar bem e for YA contemporâneo, um género em que já sei o que gosto e o que não gosto, tenho de arriscar. Foi o que fiz ao ler o In Honor e ainda bem! Nos últimos tempos tenho sido surpreendida por livros que têm uma classificação baixa no Goodreads e até cheguei mesmo a fazer um post sobre esses livros. Se eram como eu e querem muito ler um livro mas não querem arriscar por causa da sua pontuação no Goodreads, eu digo para se aventurarem se tiverem a certeza que o livro soa a algo que vocês vão gostar. Podem ser surpreendidos e se não o lerem podem estar a escapar um livro que se pode tornar favorito.

Dei as 5 luas a este livro, mas a meio cheguei mesmo a achar que tinha encontrado um favorito. Isso não aconteceu porque os últimos capítulos e os primeiros deixaram-me reticente. Mesmo assim, são 5 luas sólidas porque o meio deste livro é hilariante. Eu não conseguia parar de rir nalgumas cenas nem parar de ler noutras.

5.3.16

Bookish Bingo Holiday 2015: Balanço Final


Como vos disse neste post, em Dezembro decidi participar neste desafio criado pelo blog Pretty Deadly Reviews. O objectivo é fazer o maior número de filas de 5 que conseguirmos. Neste caso, eu acabei por ler imensos livros para as várias categorias mas só consegui fazer um Bingo, o que tem um quadradinho "de graça". 

Gostei bastante deste desafio mas tenho de admitir que por vezes senti saudades de ler o que me apetecesse sem pensar se iria encaixar neste desafio ou não. O facto de não andar muito bem e de não ter muito tempo para ler também influenciou qualquer coisa. É uma experiência que quero voltar a repetir sem dúvida, mas ainda estou na dúvida se participo no próximo ou não.

Em baixo, podem ver todos os livros que li para cada uma dos desafios. 

  • Romance: The Best Goodbye - Abbi Glines ☽ ☽ ☽ ☽
  • Has Been Translated: Noites Brancas - Fiodor Dostoievsky ☽ ☽ ☽
  • Holiday Themed: Dash and Lily's Book of Dares - Rachel Cohn e David Levithan ☽ ☽ ☽. 5
  • Epistolary: Illuminae - Amie Kaufman e Meagan Spooner ☽ ☽ ☽ ☽ ☽

  • Multi POV: The Serpent King - Jeff Zentner ☽ ☽ ☽ ☽
  • Fantasy: Saga Volume 3 - Brian K. Vaughan e Fiona Staples ☽ ☽ ☽ ☽
  • Pink Cover: Saga Volume 2 - Brian K. Vaughan e Fiona Staples ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  • 2015 Release You Missed: Simon vs the Homo Sapiens Agenda - Becky Albertalli ☽ ☽ ☽ ☽


  • 2016 Debut: The Only Thing Worse Than Me Is You - Lily Anderson ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  • Graphic Novel: Smile - Raina Telgemeier ☽ ☽ ☽ ☽
  • Start A New Series: Saga Volume 1 - Brian K. Vaughan e Fiona Staples ☽ ☽ ☽ ☽ ☽
  • Blue Cover: Made You Up - Francesca Zappia ☽ ☽ ☽ ☽. 5