30.4.15

Leituras do Mês: Abril

Em Abril, entre entregas de projectos e frequências, o tempo para ler foi pouco, mas mesmo assim consegui ler 5 livros, dois deles livros com mais de 400 páginas. Comecei o mês a terminar duas leituras que tinha começado no final de Março, Pushing the Limits de Katie McGarry e The Burning Sky de Sherry Thomas. De seguida li um livro que foi lançado este mês e que eu estava ansiosa para ler, o When I'm Gone de Abbi Glines, e aventurei-me no segundo volume da trilogia The Bronze Horseman de Paullina Simons, o Tatiana and Alexander. Demorei algum tempo a terminar este livro, por tê-lo começado a ler numa época cheia de testes, mas quando o acabei resolvi pegar num livro New Adult curtinho que já me estava a chamar à atenção há algum tempo, o Withering Hope de Layla Hagen.
De uma forma geral, Abril foi um bom mês literário, mas mal posso esperar para ficar livre de testes e projectos para me poder dedicar a todos os livros que quero ler.



  1. Pushing the Limits - Katie McGarry (30/03 - 03/04)   ☽ ☽ ☽ 
  2. The Burning Sky - Sherry Thomas (29/03 - 06/04)   ☽ ☽ .5
  3. When I'm Gone - Abbi Glines (07/04 - 11/04)   ☽ ☽ ☽ .5
  4. Tatiana and Alexander - Paullina Simons (12/04 - 24/04)   ☽ ☽ ☽ ☽
  5. Withering Hope - Layla Hagen (25/04 - 26/04)   ☽ ☽ .5

Os livros físicos deste mês

25.4.15

Opinião: When I'm Gone

Autor(a): Abbi Glines
Editora: Atria Books
Formato: Ebook

Como já sabem, esta série da Abbi Glines é um dos meus guilty pleasures. Se comecei a não gostar nada do primeiro, a partir daí a qualidade da escrita e da história tem crescido muito.

Nunca me passou pela cabeça dar mais que 4 luas a um livro da Abbi Glines, uma vez que há sempre qualquer coisa nos seus livros que não me cai bem, mas este conquistou-me e é o melhor até agora, na minha opinião.

Neste seguimos a história entre o Mase, o irmão da Harlow e da Nan que conhecemos nos livros anteriores, a Reese, uma rapariga com um passado ainda muito presente.

Existiram muitos pormenores neste livro que me fizeram gostar muito dele. Para começar, a protagonista era diferente. Não era simplesmente uma rapariga pobre pelo qual o homem rico se apaixonava (também era, mas não era só isso). A personagem da Reese teve mais camadas e pormenores que as outras protagonistas dos livros anteriores da autora, o que a fez distinguir das mesmas. Apesar de bastante inocente, gostei muito da Reese e de ver o desenvolvimento da sua personagem. Era algo que não esperava quando comecei a ler este décimo primeiro livro da série e que me surpreendeu e agradou bastante.

Também o protagonista desta história, o Mase, é diferente dos outros. Talvez por causa da Reece, é uma personagem mais paciente e menos possessiva, se bem que algumas das suas atitudes me irritaram um pouco, daí ter retirado meia lua da classificação final. Acontece-me sempre isto com esta autora, quando penso que vou classificar o livro de determinada forma, há sempre qualquer coisa que a personagem faz que estraga tudo.

A Abbi Glines é conhecida por basicamente escrever um monte de cenas eróticas e falhar um pouco na construção da relação (pelo menos é como eu a vejo), mas este livro foi a excepção à regra. Achei que teve a quantidade certa dos dois tipos de cenas e algumas delas foram bem queridas e de bom gosto.

Algo que adoro sempre nos livros desta saga é poder espreitar o que se vai passando com os protagonistas dos outros livros e é sempre engraçado saber o que lhes aconteceu depois do final dos seus livros.

No geral, achei que foi uma história bem construída e desenvolvida. Algumas das cenas neste livro foram das cenas mais queridas que já li, especialmente a cena do aniversário dela.

Para mim este é o melhor livro de todos os que já li da saga e estou curiosa para ler o segundo deste casal, se bem que pela sinopse não sei se irei gostar tanto assim.

4.5

17.4.15

Opinião: The Burning Sky

Autor(a): Sherry Thomas
Editora: Balzer + Bay
Formato: Paperback

Já tinha visto imensas opiniões sobre este livro, especialmente pelos blogs literários, e todas elas maravilhosas. Depois de ler o Throne of Glass e de me ter estreado no mundo da fantasia, ando sempre à procura de outros livros do género que sejam tão bons (vá, se calhar tão bons é impossível, mas que andem lá perto) como este. Quando li o post da Cynthia Hand sobre os seus livros preferidos de 2014, vi lá o The Burning Sky e desde aí que a vontade de o ler aumentou consideravelmente. Apesar disso, e se calhar pelas elevadas expectativas que tinha para este livro, não gostei assim muito da leitura.

Para quem gosta de ler fantasia, se calhar esta opinião não vai ser muito útil porque eu admito desde já que fantasia ainda é um daqueles géneros que não tenho a certeza se gosto ou não. Como também ainda não me aventurei muito neste género e e ainda estou a tentar descobrir o que resulta ou não comigo, não tenho grandes termos de comparação nem sou especialista no assunto. Esta vai ser simplesmente a minha opinião sobre o que achei que faltou para ter gostado deste livro e o que senti ao lê-lo.
Iolanthe Seabourne é uma feiticeira dos elementos (eu não sabia mesmo como traduzir a palavra do inglês por isso peço desculpa pela tradução foleira), ou seja, é capaz de controlar os 4 elementos. Com esta capacidade, ela é considerada a feiticeira mais poderosa do reino e a rapariga que o príncipe Titus tem de defender a todos os custos, pois ela é a única capaz de matar o Bane.

O meu primeiro problema com este livro foi o tal dito romance que constava na sinopse. Esta prometia não só a parte da fantasia, mas também um romance maravilhoso de um amor quase proibido entre o Titus e a Iolanthe. Tenho a dizer que de romance houve muito pouco e o que houve não me interessou grande coisa. Este é um livro com quase 500 páginas e os dois só começam a mostrar mais o que sentem um pelo outro no final do livro. Como romance é sempre a minha parte preferida dos livros (não consigo evitar), neste senti que a sinopse prometeu uma coisa que depois acabou por não ser bem assim, o que fez com que fosse perdendo o interesse no livro ao longo do tempo. Eu não me importo com relações que demorem o seu tempo a desenvolver-se e por vezes até acho que é o ideal, para conseguirmos compreender tudo o que os protagonistas sentem um pelo outro e acompanhando o crescimento da sua relação, mas neste livro não gostei assim tanto, talvez por também não me ter identificado nem com a Iolanthe nem com o Titus.

Não sei se foi a escrita ou o a forma como as personagens foram desenvolvidas, mas não me marcaram de nenhuma forma. Consegui compreender um pouco cada um deles, porém não me consegui interessar completamente por nenhum. De todas as personagens, se tivesse de escolher uma, escolheria a Iolanthe porque é uma boa personagem, que vai descobrindo aquilo que é capaz de fazer ao longo do livro, mas mesmo assim não me consegui identificar nem sentir nada por ela. Com o Titus acabou por ser igual, se bem que ele me irritava nalguns momentos em que não sabia se havia de gostar dele ou não.

Um outro problema que tive foi a forma como a autora nos apresentou este mundo. De inicio somos um pouco atirados de cabeça, sem perceber grande coisa do que está a acontecer. Ao longo da leitura, fui apanhando umas coisinhas aqui e ali e consegui compreender a ideia geral, mas mesmo assim senti falta de explicações concretas que me explicassem exactamente aquilo que precisava de saber, não sendo preciso juntar as peças e ter de ler as notas da autora (no final do livro existe uma secção com notas retiradas de livros fictícios pertencentes ao mundo criado, de forma a percebermos o significado de palavras que vão aparecendo ao longo da obra). Para mim, que ainda sou muito principiante no que toca a livros de fantasia, isto confundiu-me imenso, tanto que cheguei ao fim do livro ainda sem perceber algumas das coisas que era suposto já ter percebido. Penso que para quem ainda está a começar neste género, este não será o livro mais fácil e aposto que se tivesse lido este livro daqui a uns anos, o teria compreendido e aproveitado muito melhor.

Mas já chega de criticas porque existiram coisas que gostei muito. A primeira, e aquilo que me fez não largar o livro durante os dois dias em que o li, foi o ritmo da acção. A história está construída de uma forma engraçada e muito original (especialmente a parte do livro que os deixava transportar para um outro mundo fantástico) e as cenas de acção foram sempre muito bem feitas. Há momentos que nos deixam mesmo nervosos e a querer continuar ler para sabermos o que vai acontecer a seguir.

Adorei a vibe Mulan-ish, porque Iolanthe tem de ser disfarçar de rapaz para que Titus a possa esconder no seu colégio interno exclusivamente masculino e protegê-la. Gostei muito de toda a acção que se centrou no colégio interno e de ver a forma como ela interagia com os restantes rapazes. A única critica é o facto de sentir que a autora explorou pouco esta ideia. Gostava que tudo no geral tivesse sido mais explorado, mas adorava que a autora tivesse proporcionado ao leitor momentos divertidos de coisas caricatas que aconteciam a Iolanthe, tendo de fingir ser um rapaz. Senti que aqui a autora perdeu a oportunidade de fazer algo engraçado e de explorar melhor as personagens, tanto quanto à sua personalidade, como às suas relações com os outros.

Quanto à escrita da autora, não posso dizer que fiquei fã, mas ainda quero tentar algum livro dela que se passe numa época mais actual, uma vez que a acção deste livro ocorre em 1880 e tal.

Concluindo, este foi um livro que me desiludiu um pouco e estou muito triste por isso. Talvez daqui a uns bons anos o volte a tentar a ler porque sinto que se já estivesse mais habituada a este género literário, teria conseguido aproveitar muito melhor esta leitura. Não pretendo continuar a trilogia, pelo menos para já, mas recomendo este livro para quem já é fã de fantasia, especialmente pela acção e por alguns elementos surpreendentes.

3.5

13.4.15

Let's Talk: A pressa de acabar

Sempre que leio um livro dou por mim a pensar "Já estou a ler isto há tanto tempo! Tenho de terminar este livro para conseguir ler mais uns quantos este mês". Antes de ter criado o blog e de começar a registar todos os meses aquilo que leio, isto não acontecia. Agora existe esta pressão constante. Pressão essa que é colocada por mim própria e que, por vezes, não me deixa aproveitar os livros totalmente, sempre com esta vontade de os terminar.

Esta necessidade de querer ler mais livros não é de agora, mas desde que criei o blog, que tenho sentido cada vez mais esta pressão e não quero. Esta vontade de aumentar o número de livros lidos no final do mês tem feito com que livros que quero ler muito mas que têm mais páginas que as normais 350/400 sejam deixados para trás.


Eu não sou uma leitora rápida e antigamente não me importava muito com isso. Lia ao meu ritmo e quando terminava um livro, começava a ler outro sem nunca pensar no número de livros que estava a ler e a média de dias que estava a demorar em cada um. Desde há uns tempos, tenho sentido esta quase-que-obsessão de ler mais e mais rápido, optando sempre por livros mais curtos, que não requeiram tanto tempo.

Claro que adoraria ler muitos mais livros por mês, especialmente por haver tantos que quero ler e sentir que nunca mais chega a sua vez de serem lidos, mas sinto que tenho de parar de pensar sempre no próximo livro que vou ler, quando ainda agora comecei um outro. Como não consigo ler dois livros ao mesmo tempo, não há nada que possa fazer senão terminar um e avançar para o próximo. Vou continuar a admirar as pessoas que conseguem ler 15 ou mais livros por mês, mas tenho de aceitar que estou a fazer o melhor que consigo com o tempo e a disposição que tenho.

Há uns tempos que tinha vindo a pensar neste assunto e quando comecei a ler o Tatiana and Alexander de Paullina Simons, um calhamaço de 626 páginas, decidi que era tempo de desabafar sobre o que me anda a ocupar a mente ultimamente. Já tinha este livro para ler desde Abril do ano passado, altura em que terminei o outro, e disse para mim mesma que tinha de o começar a ler agora, antes que passasse mais de um ano que tinha terminado o primeiro, e deixar de obcecar com o tempo que iria levar. É um livro longo e  tenho a certeza que vai levar o seu tempo a ser lido, mas quero tentar ao máximo aproveitá-lo e não estar constantemente a pensar no número de páginas que ainda faltam para o terminar. Isto está a ser um pouco difícil até agora, admito, mas quero tentar convencer-me que não faz mal se os outros livros que quero ler não sejam lidos agora.

Isto também vos acontece? Qual é o vosso "truque" para não pensarem sempre em quantas páginas faltam, mesmo que estejam a adorar o livro?

11.4.15

Opinião: Pushing the Limits

Autor(a): Katie McGarry
Editora: Mira Ink
Formato: Paperback

Desde 2013 que este livro estava na minha lista para ler e finalmente isso aconteceu. Este ano tenho-me esforçado a dar prioridade àqueles que ficaram esquecidos e controlar melhor a minha lista de livros para ler, de forma a continuar interessada em todos que lá estão.

Neste livro seguimos Echo e Noah, duas personagens com um passado bastante atribulado e que acabam por se relacionar quando são os dois acompanhados pela mesma terapeuta da escola onde andam.

Anteriormente uma das raparigas mais populares da escola, Echo é agora mais conhecida pela rapariga que perdeu tudo e que utiliza camisolas de manga comprida até mesmo no verão. Depois de ter sido atacada, Echo ficou com cicatrizes enormes nos braços e sem memória do que lhe aconteceu. Não tenho muito a dizer sobre a Echo como personagem. É uma rapariga bastante confusa com o que lhe aconteceu e com uma auto estima muito baixa. Não é deprimente ler do seu ponto de vista, mas também não é uma personagem alegre, apesar de ter os seus momentos.

Conhecido como o bad boy da escola, Noah é um rapaz que já teve tudo mas que depois da morte dos pais foi obrigado a viver em casas de acolhimento e a afastar-se dos irmãos. Gostei do Noah como personagem e entendi as suas atitudes na maioria das vezes. Apesar disso, acho que já não tenho muita paciência para bad boys ou para personagens mais revoltadas e isso irritou-me um pouco no início. Apesar disso, gostei muito da forma como tratava a Echo e como lidou com as suas cicatrizes.

Apesar de ter gostado dos protagonistas, não senti nenhuma ligação especial a nenhum deles. São personagens bem construídas, que crescem durante a obra, e sobre os quais é viciante ler. Achei que a autora construiu uma boa história de amor, em que as personagens têm de superar não só aquilo pelo qual estão a passar, mas também superar as suas diferenças.

Este é mesmo um daqueles livros que se tivesse lido quando era mais nova, em 2013, por exemplo, quando o pus para ler, teria adorado e dado 5 luas, pois é um livro muito bom dentro do género e o casal tem uma quimica muito boa. Mas actualmente, depois de ler tantas histórias quase iguais a esta e já um pouco cansada de aturar dramas de high school, como a popularidade e o estatuto social de cada um, senti que este foi mais um livro um pouco piroso que deu para passar o tempo mas que não trouxe nada de (quase) novo à mesa. Mesmo assim, dentro do género, é um livro muito bom.

O que gostei:

  • das cicatrizes: gostei muito deste pormenor. Assim que começamos o livro, descobrimos que algo aconteceu a Echo que a deixou com cicatrizes enormes nos braços.Achei que este pormenor fez com que este livro se destacasse dos outros do género e deu algo único à história. Este facto é também fundamental para aumentar o mistério em torno do que aconteceu à Echo que a tivesse deixado assim;
  • do romance: gostei muito do romance neste livro. Apesar de (muito) piroso por vezes, a relação do Noah e da Echo é muito fofa, especialmente porque começam por se odiar um ao outro, a minha trope preferida em livros de romance.

O que não gostei:
  • da importância dada ao estatuto social: eu entendo que este é um livro YA em que a acção decorre na escola, mas fiquei farta de tanta indecisão a princípio só porque fazer determinada coisa arruinava a reputação social de alguém. Eu sei que é esta a mentalidade que temos quando temos esta idade, mas para mim este livro teve isso a mais;
  • as personagens secundárias: para além da Mrs. Collins, todas as personagens secundárias deste livro me irritaram, especialmente as "amigas" da Echo. Amigas entre aspas porque coisas que diziam e faziam, para mim era impossível considerar alguém assim uma amiga. Apesar de uma delas se ir redimindo um pouco ao longo do livro, a mim não me convenceu. Depois temos os amigos do Noah dos quais também não fiquei particularmente fã. Sei que muitos gostam do Isaiah e que o livro que conta a sua história, Crash Into You, é aquele que recebe melhores opiniões, mas mesmo assim não achei a sua personagem nada de especial. Quanto à Beth irritou-me imenso e sendo ela a protagonista do próximo livro da série, ainda não sei se continue ou não a lê-la.

9.4.15

YA em Português: Últimas Novidades

Os últimos lançamentos de Março e início de Abril.








7.4.15

Opinião: Finding Audrey

Título: Finding Audrey
Autor(a): Sophie Kinsella
Editora: Penguin Random House UK Children's
Formato: E-arc através do NetGalley
Data de publicação: 4 de Junho de 2015

English Review after the jump

Recebi uma cópia digital deste livro através do Netgalley em troca de uma opinião sincera sobre o mesmo.

Finding Audrey foi não só a estreia de Sophie Kinsella no género YA, mas também a minha estreia com a autora. Já tinha ouvido falar muito bem da sua escrita mas nunca tinha pensado em pegar nalgum dos seus livros até ver este no Netgalley e requisitá-lo para fazer opinião.

Esta é a historia de Audrey, uma rapariga de 14 anos que sofre de ansiedade, especialmente após algo que aconteceu na escola que a fez ser incapaz de olhar as pessoas nos olhos, tendo de usar sempre óculos de sol, mesmo junto da família.

O tema da ansiedade é um que me desperta bastante a atenção. Não posso dizer que no meu caso seja tão grave, porque felizmente nunca precisei de tomar nada nem ser acompanhada medicamente, mas consigo perceber bem o que uma pessoa sente, especialmente quando não consegue ter controlo nenhum dos cenários que o nosso cérebro faz questão de inventar. Gosto muito de ler livros que a abordam esta temática e, quando pedi este livro, tudo o que desejava era que a autora fizesse um bom trabalho ao abordar este tópico. E a verdade é que o fez! Foram muitos os momentos em que senti que a autora descreveu perfeitamente aquilo que alguém com ansiedade sente e gostei especialmente de como a autora tentou explicar algo que é bastante difícil de descrever, porque quem nunca passou por algo semelhante, não percebe bem a razão de alguém se sentir assim.

Quando comecei a ler, já me tinha esquecido que a protagonista tinha apenas 14 anos e quando me apercebi fiquei com algum receio. Não que haja algo de mal com isso, mas fiquei com medo de não me conseguir identificar tanto com a Audrey por ser tão nova. Mas isto não foi o que aconteceu, de todo. Apesar de ser um YA mais juvenil, é uma leitura excelente e as personagens têm mais maturidade do que algumas nos livros YA direccionados para pessoas um pouco mais velhas, mas sem nunca perder a credibilidade e parecer que as personagens não têm a idade que a autora diz ter. Apesar da idade da protagonista, este é um livro que qualquer pessoa pode ler e gostar.

As personagens são muito reais e credíveis, o que me faz pensar que talvez já tenha evitado livros erradamente porque os protagonistas eram muito mais novos que eu.

O romance neste livro foi tão querido e tão inocente que me derreteu completamente. No inicio do livro Audrey conhece Linus, um dos amigos do seu irmão. A partir daí os dois criam uma ligação muito bonita e a sua relação vai evoluindo de uma forma tão fofa que é impossível não gostar dos dois. Adorei o Linus e a forma como, apesar de não perceber totalmente aquilo pelo qual a  Audrey está a passar ajuda-a melhor forma que sabe e respeita-a.

A família de Audrey é uma das partes mais importantes do livro e toda a dinâmica familiar é tão engraçada e tão querida ao mesmo tempo que acabamos por nos sentir parte da família. Conhecemos Frank, o irmão mais velho de Audrey que é viciado em jogos de computador (algo com o qual me identifiquei um pouco e achei muita piada porque o meu irmão também é assim e notei algumas semelhanças), o Felix, o irmão mais novo que é a coisa mais querida de sempre e os pais, super divertidos e um bocadinho malucos.

A escrita da autora é maravilhosa e muito divertida. Apesar do tema mais pesado, a autora, sem lhe retirar a importância devida, consegue tornar este livro em algo leve e com bastante significado. Na minha opinião, para quem quiser saber um pouco mais sobre o que é e como é lidar com ansiedade, acho que este é um bom livro para ler e aprender isso mesmo. A autora explica de uma forma muito simples e até eu, que sei um pouco o que é viver com ansiedade, aprendi algo e senti-me compreendida, como se finalmente percebesse aquilo que sinto.

A única coisa que me fez dar 4.5 luas a este livro foi o facto de, por ser um livro curtinho, sentir que faltou algo nas cenas. Talvez por ser um livro mais leve, não há uma carga emocional tão grande como às vezes queria que houvesse. Mesmo assim, este é um livro maravilhoso e tenho a certeza que se a autora se aventurar mais uma vez neste género literário vou ser a primeira a pegar no seu livro. Recomendo este livro para quem quiser saber um pouco mais sobre o que é ter ansiedade e quiser ler um coming of age muito bem escrito e divertido.

4.5

5.4.15

Filmes do Mês: Janeiro, Fevereiro e Março

Desde que comecei a fazer os favoritos do mês, que queria partilhar com vocês, não só os meus filmes preferidos do mês, mas também aqueles que vi e que não ficaram favoritos. Já queria fazer este tipo de post há um tempo, mas ao ver o vídeo da Joca do Little House of Books decidi que ia mesmo começar a fazê-los, porque tal como a Joca, também eu me perco no youtube e assim é uma forma de me motivar a ver alguns filmes que quero ver há imenso tempo.

Como já vamos no inicio de Abril, decidi juntar os três primeiros meses do ano neste post, que não foram tantos como gostaria.


Janeiro
Em Janeiro só vi dois filmes, mas todos eles com o Miles Teller como protagonista, por isso por mim tudo bem.


Sobre o Whiplash já falei dele no meu post de favoritos do mês de Janeiro.

Decidi ver o Two Night Stand porque se juntarem o Miles Teller (o meu actor preferido de sempre) e comédia romântica (o meu género preferido), é claro que é um filme que tenho de ver. Infelizmente, não gostei assim tanto deste como achava que ia gostar. Desiludiu um bocadinho e achei que os actores não tinham química nenhuma entre eles. Para além de que não gosto muito do trabalho da Analeigh Tipton. Este filme é sobre duas pessoas que têm um one night stand, mas durante a noite há um nevão e os dois ficam presos na mesma casa.

Fevereiro
Em Fevereiro vi 4 filmes, mas dois deles foram filmes que já tinha visto antes


O Jersey Girl é daqueles filmes que se estiver a passar na TV e eu não tiver nada para fazer, vou ver de certeza. Foi isso que aconteceu e foi óptimo poder voltar a ver este filme. A cena do Sweeney Todd vai ser sempre a minha preferida.

O Safe Haven é um dos meus filmes preferidos baseados em livros do Nicholas Sparks (que eu já desisti de ler e que já só vejo os filmes) e quando passou na TV tive de ver. E o Josh Duhamel, am I right?


A minha irmã às vezes acerta e recomenda-me filmes lindos, outras vezes nem por isso. Apesar do poster giro, o God Help the Girl foi um filme tão chato, mas tão chato. É sobre uma rapariga com anorexia que descobre na música um refúgio. Se no inicio tinha potencial, o final foi só chato e sem sentido. Não gostei nem um bocadinho.

E o último filme que vi foi o filme da Veronica Mars que, como não podia deixar de ser, se tornou um favorito. Falei mais dele no meu post de favoritos do mês de Fevereiro.


Março
Em Março consegui ver 6 filmes e fui ao cinema, algo que não fazia desde Dezembro!


O Boyhood foi um dos meus preferidos do mês e falei um pouco mais sobre ele neste post.

O Music and Lyrics foi um filme que já tinha visto antes, mas como estava a passar na TV decidi rever. Tem o Hugh Grant, a Drew Barrymore e é sobre música, por isso nada pode correr mal com esta combinação. É um filme muito querido!


Fui ao cinema ver o Insurgent logo quando saiu e devo dizer que não fiquei impressionada. Sinceramente, já não espero nada destes filmes e este mesmo assim desiludiu um bocado. Cortaram imensas cenas que serviam para conhecer melhor outras personagens importantes e reciclaram a ideia do primeiro filme. É um bom filme, mas só porque o Miles Teller roubou a spotlight. Eu parecia parva a rir com tudo o que ele dizia, mas a verdade é que o Miles conseguiu fazer do Peter a minha personagem preferida (já disse que não posso com a Tris?!)

O In Your Eyes foi também um favorito do mês e falei um bocadinho mais sobre ele no meu post de favoritos. Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.


Que filme mais fofo. O Hoje Eu Quero Voltar Sozinho era um filme que já estava há algum tempo na minha lista e finalmente vi. E não sei porque é que demorei tanto tempo para o fazer! Uma história original e muito bem construída sobre um rapaz cego que vive o seu primeiro amor. Muito querido!

After the Dark é mesmo daqueles filmes que pelo trailer achamos que é uma coisa, mas depois vamos ver e não é nada disso. Mesmo assim, é um bom filme para quem gosta de filosofia, mas a primeira parte é mil vezes melhor que a segunda. Aquele final arruinou tudo. É sobre um grupo de alunos de filosofia que têm de fazer um exercício e supor que o mundo está a acabar, só podendo escolher 10 dos 20 para salvar a raça humana.

E vocês? Que filmes viram este mês e quais foram os vossos preferidos? Já sabem que podem deixar recomendações nos comentários porque estou sempre à procura de filmes novos para ver.

3.4.15

Opinião: Alienated

Título: Alienated
Autor(a): Melissa Landers
Editora: Disney-Hyperion
Formato: Paperback

Depois de ter lido o These Broken Stars, precisava de mais um livro do género YA Sci-fi e aproveitei o dinheiro que tinha acumulado na wook para encomendar este por 3€.

Tenho de admitir, e quem me segue no goodreads sabe, que o inicio não me impressionou. Nos primeiros capítulos cheguei mesmo a arrepender-me de ter gasto o meu dinheiro neste livro, mas como já o tinha comprado tive de continuar a ler e ainda bem que o fiz. Eu tinha começado a ler este livro em ebook há uns tempos, mas algo me dizia que iria aproveitar muito melhor se o tivesse em formato físico e estava certa. Se tivesse lido em ebook o mais provável era nunca ter terminado e nunca ter descoberto este livro maravilhoso.

Se o começo foi fraquinho, o mesmo não se pode dizer quando a acção começa a ganhar forma. Se há coisa que eu gosto nos livros é a capacidade que estes têm de me fazer mudar de ideias sobre eles e este foi o exemplo vivo disso.

Adorei a Cara, a protagonista deste livro! Normalmente acabo sempre por achar a protagonista dos livros deste género irritantes a qualquer momento do livro e estava mesmo há espera do momento em que a Cara me irritasse, mas não aconteceu. Adorei a sua determinação e competitividade e esta protagonista é tudo menos uma rapariga que não pensa por si própria.

Quando ao Aelyx, admito que no inicio estranhei e não gostei assim tanto dele. Achava mesmo que me ia irritar ao longo do livro, mas a autora conseguiu explorar e desenvolver a sua personagem de uma forma maravilhosa. Quando ele vai para a Terra, aprende a ser um pouco mais humano e essa evolução é notória ao longo da narrativa. No final acabei por adorar a sua personagem, com todos os seus defeitos e qualidades.

Quanto ao romance, só pode dizer que se querem um bom romance que vos dê todas as borboletas possíveis e mais algumas este é o livro certo. Como os dois são pessoas muito competitivas e determinadas, é muito engraçado ver como a sua relação se desenvolve. E aquele primeiro beijo deles... SO HOT!
A química entre eles é espectacular e não estava mesmo nada à espera que fosse. A autora tem um jeito com as palavras que nos deixa a suspirar em cada cena e a querer que durem por mais três ou quatro capítulos.

Quanto ao mundo criado e à forma como a história foi construída, achei que foi algo bem conseguido e bem explicado. Eu gosto sempre de reforçar quando um mundo é bem explicado e bem explorado porque normalmente é nessas partes que eu tenho mais dificuldades a entrar na história. Mas no caso de Alienated, apesar de até ser uma história "leve" à partida, acaba por nos surpreender ao revelar-nos algo mais.

Foi um pouco complicado habituar-me à escrita da autora, não por ser difícil, mas por ser diferente de alguma outra que já li. Talvez o facto de não me ter adaptado à escrita da autora no inicio tenha feito com que não gostasse tanto desta primeira parte, mas quando me habituei já ninguém me conseguia separar deste livro.

Quero muito ler o segundo livro, que já saiu mas que eu muito pacientemente vou esperar pelo paperback porque também tenho este primeiro nesse formato. Quero muito ver o tipo de relações que se vão formar nesta sequela e já tenho alguns desejos. Apesar de as opiniões sobre este último livro não serem tão boas como as do primeiro, estou muito curiosa para ler mais sobre estas personagens.

Apesar de ter adorado o romance e as personagens, a história no inicio não me agarrou muito e ainda demorou um bocado a ficar completamente envolvida no enredo. Logo, a classificação final que acabei por dar foi 4.5 luas.

4.5

1.4.15

Favoritos do Mês: Março

To Kill a King - To Kill a King


 No inicio do mês saiu o novo álbum dos To Kill a King e claro que tinha de o ouvir. O primeiro álbum é um dos meus preferidos e, apesar de ter gostado bastante deste, o primeiro continua a ser o meu preferido. As minhas músicas preferidas são: Love is Not Control, School Yard Rumours, Good Times (A Rake's Progress), Compare ScarsWorld of Joy (A List of Things to Do).

Gracetwon - San Cisco


Uma amiga minha que adora os San Cisco disse-me que tinha mesmo de ouvir este novo álbum deles e assim que o fiz, apaixonei pelas músicas. Eu já tinha ouvido algumas músicas deles e não tinha gostado assim tanto, logo este álbum apanhou-me mesmo de surpresa. Como é impossível escolher músicas preferidas, porque este álbum está espectacular, entre as favoritas estão: Magic, Mistakes, Too Much Time Together, Bitter Winter, Wash It All Away, Super Slow, Run e as 6 que faltam porque eu realmente não consigo escolher.

Este foi um mês espectacular em termos musicais porque saíram duas músicas novas de bandas que gosto muito e andei viciada nelas: Crystals dos Of Monster and Men e Believe dos Mumford & Sons. Ouvi também no repeat a Hold Back The River de James Bay e a Sugar dos Maroon 5 (tão guilty pleasure mas tão boa!)

Este mês é realmente o mês dos favoritos, porque para a lista de livros favoritos entraram 3.

The Last Time We Say Goodbye - Cynthia Hand

We all saw that coming, let's be real! 
A Cynthia Hand a provar mais uma vez o porquê de ser a minha escritora favorita.

The Deal - Elle Kennedy

Um livro New Adult maravilhoso! Mal posso esperar pela sequela.

These Broken Stars - Amie Kaufman & Meagan Spooner

Este livro foi um que eu já sabia que ia gostar só pela capa e tinha razão!

Em Março, ver séries é que foi quase impossível. Estou atrasada em todas as que ando a acompanhar, mas não tenho tido nem tempo, nem paciência. Mesmo assim comecei a ver duas séries, se bem que de uma ainda só vi o pilot por isso vou ver os episódios que sairem em Abril e depois logo vejo se vale a pena falar dela nos meus favoritos do mês (acho mesmo que sim!)


Mas quanto à série que comecei, chama-se Bluestone 42 e é uma comédia britânica que segue a vida de militares no Afeganistão. Admito que parei de a ver no inicio da segunda temporada, mas foi só mesmo porque não tenho tido paciência para séries! Mas estou a gostar e eu nem sou muito de séries de comédia.

E como não podia deixar de ser, também tenho dois filmes favoritos este mês.


Tive a coragem e vi finalmente as quase três horas de filme que é o Boyhood. Três horas que passaram sem eu dar por isso porque adorei completamente este filme. Eu adoro todos os filmes que estejam muito ligados ao crescimento das personagens e ao ambiente familiar e este teve todos esses elementos. Ainda nem acredito que demoraram 12 anos a filmar isto. Muito bom!


E é neste momentos que eu agradeço o facto de a minha irmã descobrir estes filmes por acaso e me "obrigar" a vê-los. Este filme é tão, tão bom! Entrou directamente para a lista de favoritos de sempre e é mesmo daqueles que me vai apetecer ver constantemente. Adorei!