9.7.15

Opinião: Scorched

Título: Scorched
Autor(a): Jennifer L. Armentrout
Editora: Spencer Hill Press
Formato: Ebook
Da Mesma Autora Li Também: Frigid
Sometimes life leaves a mark…

Most days, Andrea doesn’t know whether she wants to kiss Tanner or punch him in the gut. He is seriously hot, with legit bedroom eyes and that firefighter body of his, but he’s a major player, and they can’t get along for more than a handful of minutes. Until now.

Tanner knows he and Andrea have had an epic love/hate relationship for as long as he can remember, but he wants more love than hate from her. He wants her. Now. Tomorrow. But the more he gets to know her, the more it becomes obvious that Andrea has a problem. She’s teetering on the edge and every time he tries to catch her, she slips through his fingers.

Andrea’s life is spiraling out of control, and it doesn’t matter that Tanner wants to save her, because when everything falls apart and she’s speeding toward rock bottom, only she can save herself.

Sometimes life makes you work for that happily ever after…

Quando terminei de ler o Frigid, tudo o que eu queria era uma história sobre o Tanner e a Andrea. Eles naquele primeiro livro odiavam-se tanto que só podiam ficar juntos no final. Assim que soube do Scorched, esperei ansiosamente que saísse porque se já tinha gostado do Frigid só podia adorar este. Só que não foi bem assim que aconteceu.

O início do livro deixou-me muito curiosa e entusiasmada porque a forma como eles falam um com o outro é hilariante. A ideia dos 4 (a Andrea, o Tanner e os protagonistas do primeiro livro, a Sidney e o Kiler) irem passar uma semana de férias para uma casa longe de tudo pareceu-me muito divertida e mal podia esperar para ver o que a autora faria com isso. Pensei que este livro seria uma leitura leve e divertida, mas estava enganada (this is why you should read the synopsis kids). A meio do livro percebemos que a autora escolheu abordar temas bastante importantes como a ansiedade e a depressão, deixando um pouco de parte o lado mais divertido da relação dos protagonistas.

Apesar de não ser essa a direcção que gostava para a história, não me importava de a ler porque são assuntos que acho importantes serem abordados e que, por norma, tenho bastante interesse, especialmente numa protagonista que sofre de ansiedade. Mas neste livro, apesar de achar que a autora fez um bom trabalho, houve algo que não resultou comigo.

Adorei o Tanner como protagonista e achei que foi a melhor personagem ao longo do livro. Gostei da Andrea mas, apesar de compreender aquilo porque passa e não desvalorizar o esforço da autora em fazê-la uma personagem credível, nunca senti nenhuma ligação com ela. Tanto ela como o Tanner foram simplesmente personagens e não me marcaram de forma nenhuma. Gostei de seguir a história deles mas, como não tinha uma ligação com nenhum deles nem com a sua relação, só queria que o livro terminasse porque não estava interessada nele.

Quanto à história, e embora perceba o objectivo da autora de abordar estes tópicos, sinceramente esperava outra coisa. Achei que os assuntos foram muito bem abordados e são realmente temas que deveriam ser mais discutidos, uma vez que ainda muitas pessoas não entendem que uma doença mental é tão grave como uma física, mas achei todo este livro uma confusão, para ser sincera.
Em vários momentos senti que estava a ler umas cenas aqui e ali e nunca pareceu um livro totalmente completo. Havia cenas que a autora queria escrever, temas que queria abordar, mas no geral senti que a ligação destas era assim um pouco desorganizada. Não sei qual a razão de ter ficado com esta impressão, mas foi isso que aconteceu.

Houve uma cena neste livro que não podia deixar de referir porque achei extremamente bem feita. Na parte em que a Andrea tem um ataque de pânico ou até o facto de se sentir nervosa, a escrita da autora conseguiu transmitir isso para o leitor, ficando eu também bastante nervosa. Este livro afectou-me um pouco nessa parte porque foi bastante real a forma como a autora conseguiu transmitir esses sentimentos de ansiedade.

Quanto à escrita da autora, é sem dúvida viciante mas acho que ainda não me convenceu totalmente. Para já, ainda estou bastante curiosa para ler mais alguns dos seus livros mas não é uma prioridade neste momento.

Concluindo, se calhar o problema foi ter expectativas demasiado elevadas quando comecei este livro, mas não resultou muito bem para mim. Mesmo assim 3 luas não é uma má classificação e devem-se ao protagonista masculino (love him), à forma como a autora abordou os temas da ansiedade e da depressão, mas também ao facto de a história não ter fluído tão bem e de não me ter marcado de nenhuma forma.

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