16.8.14

Opinião: My Life Next Door

Já há muito tempo que queria ler este livro e, apesar das altas expectativas, não desiludiu nem um bocadinho.


Autor(a): Huntley Fitzpatrick
Editora: Speak

Depois de muito tempo com este livro na minha lista de livros para ler, lá decidi comprá-lo e aproveitar o Verão para ler um livro mais leve do meu género preferido. Apesar das elevadas expectativas, tinha medo de não gostar deste livro, especialmente pelas várias criticas de pessoas que não gostaram da última parte  e acharam que o que aconteceu acabou de uma forma muito conveniente para todas as partes envolvidas. Mais à frente explicarei melhor a minha posição, mas posso dizer que gostei mesmo muito deste livro e era mesmo algo assim que procurava ler.

Este é um livro sobre o primeiro amor, a primeira vez, a importância da família e a importância de tomarmos responsabilidades pelo que fazemos. Gostei muito da forma como a autora abordou o tema da primeira vez, com muita naturalidade, fazendo tudo parecer muito real. Huntley Fitzpatrick não teve medo de falar de uma forma aberta e natural, algo que por vezes nos livros YA acho que faz falta, especialmente quando se fala de sexo. Raramente este tema é abordado, ou quando o é, é sempre de uma forma muito superficial, algo que não acho certo uma vez que é algo que faz parte da nossa vida e não deve ser visto como tabu, mas sim como algo natural. Gostei muito desta naturalidade por parte da autora e este foi um dos pontos que mais pesou na classificação final deste livro.

Esta é a história de Samantha, uma rapariga de 17 anos, e de Jase, o seu vizinho e um dos 8 filhos da família Garrett. Com uma mãe muito austera, que controla cada minuto do seu dia e que não gosta nada dos vizinhos do lado, Sam descobre que nem sempre tem de seguir o que a mãe lhe diz, apaixonando-se por Jase e por toda a sua família.

Sinceramente, é impossível não nos apaixonarmos pela família Garrett. Como já referi nalgumas opiniões anteriores, neste tipo de livros, o que mais gosto de ver é a dinâmica familiar e acho que a presença da família é sempre importante neste tipo de livros. Gostei muito que cada personagem tivesse a sua personalidade e adorei o George, que é só a personagem mais fofa de sempre. Sempre adorei ver aqueles filmes sobre famílias numerosas e adorei ler sobre isso! Apesar do livro ainda ser longo, pelo menos para este género, cheguei ao fim sem vontade nenhuma de me despedir destas personagens.

Gostei muito da relação do Jase e da Samantha e de como a sua relação evoluiu ao longo do livro. Penso que a autora não teve medo de abordar o tema da primeira vez e de como é importante na vida de um casal, dando a devida importância e abordando o tema de uma maneira que gostei muito. Adorei todos os momentos entre eles e só gostava que o livro tivesse mais 200 páginas só para poder ler mais capítulos destes dois.

Em todas as opiniões que li sobre este livro, é obrigatório referir o quanto se odeia a mãe da Sam. Concordo com a maioria das pessoas, não gosto mesmo dela e, apesar de não a achar má pessoa, odiei a forma como controlava a Sam. No entanto, apesar de não gostar muito dos capítulos que se focavam mais na relação entre a mãe e a nossa protagonista, achei-os essencial para o desenvolvimento, tanto da história, como da personagem da Samantha, pois desta forma percebemos o quanto a sua personagem cresceu ao longo da acção.

Em relação ao final e ao que acontece, apesar de muitos acharem pouco credível toda a situação, embora perceba o porquê, não concordo. Gostei muito como tal acontecimento deu um pouco mais de acção a um livro que, por vezes, pode acabar por ser um pouco mais monótono. Mesmo assim, acho que o final foi um pouco apressado, existindo muitos assuntos pendentes para resolver, [SPOILER] como a situação com a Nan ou o estado do pai de Jase, por exemplo [SPOILER].

Estou muito ansiosa para ler o segundo livro The Boy Most Likely To, que embora não siga a história do Jase e da Sam, segue a de Tim e Alice, algo que estou muito curiosa para ler porque, no fim, aprendemos a gostar do Tim e a desejar que tudo acabe bem para ele.

Quanto à escrita da autora, admito que me foi um pouco difícil habituar a algumas expressões tipicamente americanas e ao seu estilo de escrita. Apesar de ter adorado a história e de querer ler todos os outros livros da autora, não fiquei fã da forma de escrever da autora. Na minha opinião, não achei o nível de inglês mais fácil, mas talvez seja mais pelas expressões utilizadas, às quais não estou muito habituada, do que propriamente o inglês em si. Achei muito curioso o facto de nomes portugueses como Oliveira ou Teixeira aparecerem neste livro, mesmo que apenas mencionados e quero muito ler o novo livro da autora What I Thought Was True, que segue a história de uma família com ascendência portuguesa, com direito a frases escritas em português e tudo.

Concluindo, este foi um livro que me fez rir e chorar e recomendo-o a quem procura um livro leve e perfeito para o Verão. Como não podia deixar de ser, dou-lhe 5 luas e quero muito ler os restantes trabalhos da autora.

1 comentário:

  1. Estou super interessada em ler este livro, são leves e fofinhos..
    http://diariosdeumadesconhecidacomilona.blogspot.pt/

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