11.4.15

Opinião: Pushing the Limits

Autor(a): Katie McGarry
Editora: Mira Ink
Formato: Paperback

Desde 2013 que este livro estava na minha lista para ler e finalmente isso aconteceu. Este ano tenho-me esforçado a dar prioridade àqueles que ficaram esquecidos e controlar melhor a minha lista de livros para ler, de forma a continuar interessada em todos que lá estão.

Neste livro seguimos Echo e Noah, duas personagens com um passado bastante atribulado e que acabam por se relacionar quando são os dois acompanhados pela mesma terapeuta da escola onde andam.

Anteriormente uma das raparigas mais populares da escola, Echo é agora mais conhecida pela rapariga que perdeu tudo e que utiliza camisolas de manga comprida até mesmo no verão. Depois de ter sido atacada, Echo ficou com cicatrizes enormes nos braços e sem memória do que lhe aconteceu. Não tenho muito a dizer sobre a Echo como personagem. É uma rapariga bastante confusa com o que lhe aconteceu e com uma auto estima muito baixa. Não é deprimente ler do seu ponto de vista, mas também não é uma personagem alegre, apesar de ter os seus momentos.

Conhecido como o bad boy da escola, Noah é um rapaz que já teve tudo mas que depois da morte dos pais foi obrigado a viver em casas de acolhimento e a afastar-se dos irmãos. Gostei do Noah como personagem e entendi as suas atitudes na maioria das vezes. Apesar disso, acho que já não tenho muita paciência para bad boys ou para personagens mais revoltadas e isso irritou-me um pouco no início. Apesar disso, gostei muito da forma como tratava a Echo e como lidou com as suas cicatrizes.

Apesar de ter gostado dos protagonistas, não senti nenhuma ligação especial a nenhum deles. São personagens bem construídas, que crescem durante a obra, e sobre os quais é viciante ler. Achei que a autora construiu uma boa história de amor, em que as personagens têm de superar não só aquilo pelo qual estão a passar, mas também superar as suas diferenças.

Este é mesmo um daqueles livros que se tivesse lido quando era mais nova, em 2013, por exemplo, quando o pus para ler, teria adorado e dado 5 luas, pois é um livro muito bom dentro do género e o casal tem uma quimica muito boa. Mas actualmente, depois de ler tantas histórias quase iguais a esta e já um pouco cansada de aturar dramas de high school, como a popularidade e o estatuto social de cada um, senti que este foi mais um livro um pouco piroso que deu para passar o tempo mas que não trouxe nada de (quase) novo à mesa. Mesmo assim, dentro do género, é um livro muito bom.

O que gostei:

  • das cicatrizes: gostei muito deste pormenor. Assim que começamos o livro, descobrimos que algo aconteceu a Echo que a deixou com cicatrizes enormes nos braços.Achei que este pormenor fez com que este livro se destacasse dos outros do género e deu algo único à história. Este facto é também fundamental para aumentar o mistério em torno do que aconteceu à Echo que a tivesse deixado assim;
  • do romance: gostei muito do romance neste livro. Apesar de (muito) piroso por vezes, a relação do Noah e da Echo é muito fofa, especialmente porque começam por se odiar um ao outro, a minha trope preferida em livros de romance.

O que não gostei:
  • da importância dada ao estatuto social: eu entendo que este é um livro YA em que a acção decorre na escola, mas fiquei farta de tanta indecisão a princípio só porque fazer determinada coisa arruinava a reputação social de alguém. Eu sei que é esta a mentalidade que temos quando temos esta idade, mas para mim este livro teve isso a mais;
  • as personagens secundárias: para além da Mrs. Collins, todas as personagens secundárias deste livro me irritaram, especialmente as "amigas" da Echo. Amigas entre aspas porque coisas que diziam e faziam, para mim era impossível considerar alguém assim uma amiga. Apesar de uma delas se ir redimindo um pouco ao longo do livro, a mim não me convenceu. Depois temos os amigos do Noah dos quais também não fiquei particularmente fã. Sei que muitos gostam do Isaiah e que o livro que conta a sua história, Crash Into You, é aquele que recebe melhores opiniões, mas mesmo assim não achei a sua personagem nada de especial. Quanto à Beth irritou-me imenso e sendo ela a protagonista do próximo livro da série, ainda não sei se continue ou não a lê-la.

Sem comentários:

Enviar um comentário