Opinião: This Shattered World

Título: This Shattered World
Autor(a): Amie Kaufman & Meagan Spooner
Editora: Disney-Hiperion
Formato: Hardcover
Das Mesmas Autoras Li Também: These Broken Stars, This Night So Dark

The second installment in the epic Starbound trilogy introduces a new pair of star-crossed lovers on two sides of a bloody war.

Jubilee Chase and Flynn Cormac should never have met.

Lee is captain of the forces sent to Avon to crush the terraformed planet's rebellious colonists, but she has her own reasons for hating the insurgents.

Rebellion is in Flynn's blood. Terraforming corporations make their fortune by recruiting colonists to make the inhospitable planets livable, with the promise of a better life for their children. But they never fulfilled their promise on Avon, and decades later, Flynn is leading the rebellion.

Desperate for any advantage in a bloody and unrelentingly war, Flynn does the only thing that makes sense when he and Lee cross paths: he returns to base with her as prisoner. But as his fellow rebels prepare to execute this tough-talking girl with nerves of steel, Flynn makes another choice that will change him forever. He and Lee escape the rebel base together, caught between two sides of a senseless war.

Quando peguei no This Shattered World não sabia nada do que ia acontecer e também nem quis saber. Só aquele primeiro livro, um dos meus preferidos este ano, convenceu-me a continuar com esta trilogia e ainda bem.

Neste livro, que se passa em Avon, um planeta que, sem ninguém perceber porquê, não se desenvolve da maneira que deveria, seguimos a história de Jubilee e Flynn. Flynn é um rebelde que nasceu em Avon e que está disposto a tudo para salvar o seu planeta e os rebeldes que confiam nele. Jubilee é uma militar, destacada em Avon, conhecida por ser a melhor e a mais cruel.

Este livro começa "a matar", logo com as duas personagens principais a conhecerem-se e Flynn a raptar a Jubilee. Isto fez com que ficasse agarrada à história e muito interessada em conhecer melhor as personagens. Porém, isto não me impediu de sentir que estava a ler este livro de forma muito lenta. Sinceramente, acho que foi mais a altura em que li este livro do que o livro em si, porque esse tem acção do primeiro ao último capítulo.

Este é essencialmente um livro de aventura com algum romance à mistura. Estes dois não param um segundo e fazem tudo para salvar quem depende deles. Algo que gostei particularmente neste livro, tal como tinha gostado no anterior, é o facto das autoras não terem medo de arriscar e optarem por criar situações bastante cruéis mas que sabemos serem necessárias para tornar o livro interessante. Estas autoras têm uma forma de virar completamente a história e depois continuar a partir daí como se o que tivesse acontecido não fosse chocante. Não sei se faz grande sentido o que quero tentar dizer, mas só sei que em uma ou duas alturas fiquei em choque com algumas das coisas que aconteceram e enquanto eu fiquei ali a pensar que aquilo não podia ser e que só podia ser um sonho de alguma personagem, a história continuou.Quando um autor me consegue surpreender desta forma, acho sempre que fez um bom trabalho porque me apanhou completamente desprevenida.

Adorei o Flynn! Ele tinha aquela personalidade muito pacífica e gostei do facto de utilizar mais a cabeça do que a violência. Admiro mais este tipo de personagens e os autores que conseguem torná-los ainda mais interessantes que as personagens cheias de acção. Para além de que o Flynn é super querido, não nos vamos esquecer disso.

Quanto a Jubilee, também a adorei! Achei-a logo super interessante e queria saber mais sobre ela e sobre o seu passado. Algumas das suas atitudes deixaram-me um pouco frustrada mas compreendo o porquê das ter tomado, especialmente aquelas relacionadas com o Flynn e a relação de ambos. No final sinto que acabei por não saber assim tanto do seu passado como queria, mas não me importei muito.

A química destes dois no início foi o que me convenceu logo ali. Só nas primeiras páginas marquei algumas falas hilariantes que eles dizem um ao outro. Esta é a típica relação em que os protagonistas se odeiam e depois acabam por se apaixonar, mas neste caso faz sentido o facto deles se odiarem, uma vez que ela é uma militar e ele um rebelde. Adorei a relação deles, que as autoras conseguiram tornar bastante real, mesmo com esta premissa, que poderia levar a uma relação que passa de ódio para amor sem grande sentido. Achei que as autoras fizeram um óptimo trabalho em não cair no típico romance que muitas vezes encontramos em que os protagonistas se estão a declarar um ao outro constantemente e demasiado precipitado. Gostei muito do desenvolvimento da sua relação e estou ansiosa para ler o próximo livro que, apesar de a Jubilee e o Flynn não serem as personagens principais, deve ter momentos muito queridos, tal como este teve da Lilac e do Traver, os protagonistas do primeiro livro.

Para minha felicidade, o Tarver e a Lilac aparecem neste livro e deu para matar um pouco as saudades que tinha dos dois. Gostei imenso de como se está a formar uma equipa e foi muito bom poder voltar a ver as personagens que tinha adorado conhecer. Acho que foi muito inteligente a forma como as autoras ligaram as duas histórias e este livro só me deixou mais entusiasmada para ler o terceiro!

Tenho de admitir que ainda acho este mundo um pouco confuso. Neste segundo livro sabemos mais sobre o "vilão" da história e penso que foi bastante importante determinar aquilo que vai acontecer no terceiro e último livro. Apesar deste livro ter tornado claras algumas coisas que não tinha percebido totalmente no primeiro livro, acabo sempre por me perder um pouco no mundo, não sei bem porquê. Mesmo assim, não achei que este fosse tão complexo quanto o primeiro livro, mas provavelmente deve-se ao facto de já conhecer o mundo criado por estas autoras.

Ao ler este livro senti algumas vibes de The Lunar Chronicles. Não por também ser ficção cientifica, mas porque as personagens todas juntas me recordaram da equipa da série de Marissa Meyer. Estou muito curiosa para ver se isto realmente se concretiza no próximo livro, mas espero que sim porque já estou a imaginar uma série de cenários na minha cabeça.

É difícil fazer uma opinião sobre este livro e não compará-lo ao These Broken Stars. Apesar de ter adorado este, gostei um pouco mais do primeiro. Acho que o Tarver e a Lilac tinham uma química melhor e a história foi um pouco mais interessante. Contudo, neste livro houve mais acção e acaba por ser um pouco menos confuso que o primeiro. É um livro 5 estrelas, tal como o primeiro, e mal posso esperar para ler o último livro da trilogia que sai já este ano.